ANCESTRALIDADE
BRANQUITUDE
Este mês, vamos refletir sobre as vivências dos povos indígenas no mundo contemporâneo.
COLONIZAÇÃO
Ao conhecer a história de Xadalu, vamos ampliar nossa visão sobre:
Nasci na antiga terra Ararenguá, às margens do rio Ibirapuitã.
Esse que, como muitos dos nomes de rios e ruas do Brasil, também é indígena.
Um dia, com a nossa terra já apertada,
com rio magro de peixe e a caça sumida da mata, partimos para a cidade grande.
Era uma terra cinza, com prédios cobrindo o céu.
Até os rios foram tampados por cimento ou cobertos por lixo.
Foi ouvindo os mais velhos que eu entendi:
Aquela cidade de pedra foi construída sobre antigos territórios indígenas.
E na falta do abraço do rio e dos meus amigos, da fruta colhida no pé e da festa de chuva no peito...
...eu comecei a pintar, desenhar, grafitar, retomando, pedacinho por pedacinho, aquela terra roubada.
Eu escrevia em cada muro que encontrava:
A arte foi o caminho.
Alguns me conhecem por Xadalu pelas artes urbanas que faço, mas Tupã Jekupé é o meu nome de batismo guarani.
O caminho para a casa de barro, de Xadalu Tupã Jekupé e Rita Carelli
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