um conteúdo de Fabiana Zveiter
Os sentimentos, mesmo aqueles considerados negativos como raiva, tristeza e decepção, são naturais. Todos nós nos sentimos assim em vários momentos da vida, e fazer de conta que não é bastante nocivo, especialmente porque não faz a emoção desaparecer – ela continua ali, oculta e mal resolvida. Fale sobre esses sentimentos.
Não adianta você incentivar seu filho a falar sobre suas emoções e desvalorizar o que ele disser. Pode parecer bobo para você, mas, por exemplo, se seu filho se sente inseguro diante de crianças desconhecidas e fala sobre isso com você, não diga que é besteira ou frescura. Tente entender o que ocasiona esses sentimentos.
Se você for verdadeiramente aberto e estiver disposto a compreender o seu filho, com todas as nuances da sua personalidade e desafios que ele irá enfrentar ao longo da vida, as chances de que ele tenha empatia e alteridade com outras pessoas é muito maior. Dê o exemplo.
As histórias podem nos transportar para mundos e vivências totalmente diferentes das nossas. Essa é uma maneira de desenvolver a empatia e também a inteligência emocional de maneira mais ampla. Assim, ler com seu filho é uma grande ferramenta para falar sobre sentimentos, emoções, como lidar com elas e como respeitá-las nas demais pessoas.
Errar pode não ser divertido, mas ensina que é uma beleza. Normalize o erro: ninguém nasce sabendo nem é obrigado a acertar de primeira (nem de segunda ou terceira até). Não esqueça de reforçar também a importância de não desistir nem de se deixar paralisar pela falha e pela frustração.
Fazer de conta que uma coisa não aconteceu não vai fazê-la desaparecer. A comunicação é fundamental nesse processo, mas nem tudo precisa ser dito com palavras. Música, dança, esportes, pintura e outras formas de expressão artística podem ser ótimas alternativas para lidar com as emoções.